Ronaldinho
Gaucho, Messi e Neymar.
Não me
lembro de nenhum grande jogo de Ronaldinho Gaucho na seleção brasileira. Se
tiveram grandes jogos, foram poucos. Lembro que ele era um craque
extraordinário no Barsa, era gênio.
Hoje, é só
encrenca.
Mas na
seleção arrisco a dizer que ele nunca fez falta.
Tenho uma
teoria sobre porque isso acontece com alguns jogadores.
Até bem
pouco tempo Messi era a vítima dessa acusação, jogador de time, mais um exemplo dessa tese.
Isso
acontece porque no time de origem, caso do Barsa de Ronaldinho, os outros
jogadores reconhecem a genialidade.
O Barsa
confiava no Ronaldinho, como confia hoje no Messi.
“Passa a
bola para ele, que ele resolve”. E quando passam, ficam a disposição para
receber a bola de volta. Sabem que se o time ganha, todos ganham. Aceitam o
líder forjado pelo talento.
Na seleção,
os outros jogadores são craques.
Ou se acham.
Então
hesitam em passar a bola para o gênio, “se não ele aparece demais e eu não”.
Quando
passam, não se posicionam para receber, “ele é bom, que se vire”.
Sem falar no
técnico equivocado que limita o espaço do campo do gênio e veste nele uma
camisa de força que chama de estratégia. “Isto é seleção, não tem ninguém
melhor que ninguém”.
Falso.
O gênio é
melhor que todos.
Ronaldinho
Gaúcho foi gênio,
Messi é,
assim também
como Neymar.
E ficou
evidente na derrota do Brasil para o México a incapacidade de #foraMano de dirigir a
Ferrari que ele possui.
Quando o
menino gênio Neymar viu que ficar limitado à lateral do campo restringia o
futebol que ele podia oferecer para a seleção, simplesmente saiu do esquema
tático e passou a jogar como no Santos, livre, leve e solto. E melhor.
Infelizmente
naquela altura o placar e o jogo já estavam bem desfavoráveis.
Notava-se
também que quando ele recebia a bola ficava muito isolado, faltava companheiro
para a tabela: “se ele aparece demais”...
Nos amistosos
em que o Brasil ganhou da Dinarmarca e dos Estados Unidos disseram que Neymar
não teve um grande desempenho. Contra os americanos, por exemplo, fez o gol de pênalti ao estilo Neymar e deu
assistência para dois outros gols. Precisamos mais jogadores com esse tipo de
baixo desempenho.
Lembrando
que se três marcam Neymar, outros dois jogadores brasileiros estão livres.
Se #foraMano
Menezes não deixar o garoto livre, se os outros jogadores da seleção não
reconhecerem sua genialidade, não passarem a bola, não se posiconarem para
receber, estaremos sacrificando o espetáculo que só um garoto da estirpe de
Pelé pode nos proporcionar. Os outros serão medíocres e Neymar será gênio do
Barsa ou do Real, quando poderia ser o gênio da Seleção Brasileira Penta-campeã
jogando em casa.
Tomara que
as coisas mudem.