terça-feira, 5 de junho de 2012

#26 Deixem Neymar nos fazer felizes


Ronaldinho Gaucho, Messi e Neymar.
Não me lembro de nenhum grande jogo de Ronaldinho Gaucho na seleção brasileira. Se tiveram grandes jogos, foram poucos. Lembro que ele era um craque extraordinário no Barsa, era gênio.
Hoje, é só encrenca.
Mas na seleção arrisco a dizer que ele nunca fez falta.
Tenho uma teoria sobre porque isso acontece com alguns jogadores.
Até bem pouco tempo Messi era a vítima dessa acusação,  jogador de time, mais um exemplo dessa tese.
Isso acontece porque no time de origem, caso do Barsa de Ronaldinho, os outros jogadores reconhecem a genialidade.
O Barsa confiava no Ronaldinho, como confia hoje no Messi.
“Passa a bola para ele, que ele resolve”. E quando passam, ficam a disposição para receber a bola de volta. Sabem que se o time ganha, todos ganham. Aceitam o líder forjado pelo talento.
Na seleção, os outros jogadores são craques.
Ou se acham.
Então hesitam em passar a bola para o gênio, “se não ele aparece demais e eu não”.
Quando passam, não se posicionam para receber, “ele é bom, que se vire”.
Sem falar no técnico equivocado que limita o espaço do campo do gênio e veste nele uma camisa de força que chama de estratégia. “Isto é seleção, não tem ninguém melhor que ninguém”.
Falso.
O gênio é melhor que todos.
Ronaldinho Gaúcho foi gênio,
Messi é,
assim também como Neymar.
E ficou evidente na derrota do Brasil para o México  a incapacidade de #foraMano de dirigir a Ferrari que ele possui.
Quando o menino gênio Neymar viu que ficar limitado à lateral do campo restringia o futebol que ele podia oferecer para a seleção, simplesmente saiu do esquema tático e passou a jogar como no Santos, livre, leve e solto. E melhor.
Infelizmente naquela altura o placar e o jogo já estavam bem desfavoráveis.
Notava-se também que quando ele recebia a bola ficava muito isolado, faltava companheiro para a tabela: “se ele aparece demais”...
Nos amistosos em que o Brasil ganhou da Dinarmarca e dos Estados Unidos disseram que Neymar não teve um grande desempenho. Contra os americanos, por exemplo, fez  o gol de pênalti ao estilo Neymar e deu assistência para dois outros gols. Precisamos mais jogadores com esse tipo de baixo desempenho.
Lembrando que se três marcam Neymar, outros dois jogadores brasileiros estão livres.
Se #foraMano Menezes não deixar o garoto livre, se os outros jogadores da seleção não reconhecerem sua genialidade, não passarem a bola, não se posiconarem para receber, estaremos sacrificando o espetáculo que só um garoto da estirpe de Pelé pode nos proporcionar. Os outros serão medíocres e Neymar será gênio do Barsa ou do Real, quando poderia ser o gênio da Seleção Brasileira Penta-campeã jogando em casa.
Tomara que as coisas mudem.

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