sábado, 31 de março de 2012

13# 1964, o ano que já acabou.

A esquerda queria implantar o comunismo no Brasil. A direita queria perpetuar o Capitalismo.
A esquerda estava disposta a chegar ao poder pelo voto e depois dar o golpe comunista. Ou, se necessário, pegar em armas.
A esquerda era treinada, financiada e alinhada a Cuba e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
A direita era financiada, treinada e alinhada aos Estados Unidos da América.
Cada um lutou com as armas que tinha.
A direita lutou com as forças armadas e deu um golpe. Golpe porque impediu que a esquerda chegasse ao poder pelo voto e contrariou pela força a legislação vigente. 
A esquerda lutou com guerrilha urbana e rural.
Crimes foram cometidos dos dois lados. Proporcionais ao respectivo poder de fogo.
O sonho de um mundo comunista, onde as riquezas seriam divididas igualmente e ninguém passaria necessidade terminou nas hediondas celas de tortura. 
A esquerda tinha como fundo musical as belas canções de gênios como Chico Buarque de Holanda. 
Mas, hoje, será que alguém ainda defende o comunismo como caminho a seguir? 
O muro de Berlim caiu em festa. A União Soviética não existe mais. Cuba agoniza no tempo. 
Há entre a ideologia comunista e a realidade, a essência humana. O ser humano quer ter, quer conquistas por mérito.
O comunismo tornou-se socialismo na vida real: estatal, burocrático, autoritário, violento e falido. Incapaz de suprir o povo com necessidades básicas. E também praticante de tortura.
O capitalismo está muito longe de ser a solução. Mas é inegável que mostrou-se muito melhor que o comunismo, socialismo, ismo, ismo. All we need is give peace a chance.
Baseado na realidade de outros países, o que teria sido o Brasil se o comunismo tivesse tomado o poder alinhado à URSS? Como estariam a escola, as ruas, campos e construções?
E, certamente, os comunistas não teriam sido convencidos com diálogo.
Claro que estou simplificando. Em meio a tudo isso, há dramas de famílias que foram desmembradas arbitrariamente e levadas aos cárceres de horrores desumanos. A eles, meu profundo respeito. A todos que deram a vida pelos seus ideais, meu profundo respeito. E o respeito é devido por todos. Todos.
Mas os dois lados lutaram com as armas que tinham. E estavam dispostos a matar. Foi guerra.
E no meio do poder absoluto, os lobos sádicos agiram impunes e se deleitaram com o prazer que sentiam em causar a dor. A tortura é hedionda.
A esquerda perdeu, pois não havia nem de longe equilíbrio de forças.
Mas absolutamente não havia inocentes de nenhum dos dois lados.
E, absolutamente, não há o que comemorar para ninguém. Seguiram-se anos de ditadura militar, feroz, desumana, sem democracia, página infeliz da nossa história.(Silêncio).


E o Brasil deu um exemplo para o mundo, a inteligente e única solução para questões onde mágoa, rancor, ódio, vingança e medo afloram na discussão.
Anistia, Ampla, Geral e Irrestrita.
Para o bêbado e para a equilibrista. Para Todos. Para os dois lados. Os dois lados com suas razões inexoráveis e dores expostas.
Não se trata de esquecer. Não se trata de perdoar.
Trata-se de parar de machucar. Fim da Guerra.
Hora de construir o presente e o futuro. Vale daqui para a frente.
Muitas questões hoje no mundo só terminarão em Paz se esta solução for adotada. 
Tenho profundo orgulho de ser brasileiro, também por isso.
Dizem que a história é contada pelo lado vencedor. 
A direita voltou para o quartel. 
A esquerda engajou-se politicamente, chegou ao poder democraticamente, e quer recontar a história, seja no SBT, seja no Congresso. Muitos querem rever a Anistia. Muitos querem  a invetigação sobre a Verdade. 
Outros querem revanchismo, condenações, execrações públicas.
Assim Não.
Nunca Mais.
Vamos contruir um presente e um futuro digno para o Brasil.
A isso dediquemos nossos esforços.


V6.

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